segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

DESFILAMENTO

DESFILAMENTO

Elvio Antunes de Arruda

Desfilando palavras,
uma a uma, vejo bela paisagem
diante de meus olhos.

Filas de letras, que atraem e distraem.
Não me traem, trazem.

Palavras perfiladas, aportuguesadas.
Leis gramaticais, verbos, substantivos...

Mais, muito mais.

Me vejo dentro do livro.
Leio. Releio.
Pelo filamento das letras,
neste desfiladeiro de
imaginação induzido e seduzido por elas
vou me escrevendo.

Com a oração, aqueço o coração
com frases, às fases.

Desentendo com algumas,
descompreendo outras,
na faina de aprender,
na ânsia de buscar
Prezo a umas, desprezo outras.

Não as represo, na correnteza
do aprender esmero
pela satisfação de a elas,
ler.

(Elanklever)

domingo, 15 de janeiro de 2012

Introversão

Parei a introver meus sentimentos. 
Disparei a refletir. 
Ante minha memória encontrei desfeitas histórias. 
 Passo a passo até em descompasso, 
pondo, repondo, 
 Desfragmentando, compondo. 
 Desaretalhando, versos e reversos diversos. 
Voltei então a repedir ao tempo 
a não desdizer lembranças de minha infância.
 Deixa-me descantar histórias, 
desandar minhas memórias. 
 Voltar, sem revoltar. 
A aprender, prender, compreender. 
Repensar sobre dias passados que não se foram. 
 Doce infância, que não pude reter, 
que não tem como dizer, se não apoetar-se.

ElvioAA.